Violência nos Estádios

Continuando nossa série sobre violência, chegamos à terceira parte, que tratará sobre a violência nos estádios.
Este é mais um problema que afeta àqueles que querem apenas se divertir e torcer pelo seu time do coração. Algumas pessoas não querem ir mais aos estádios de futebol por conta do aumento deste tipo de violência.
Mas será que isto é culpa da cultura dos frequentadores, do fanatismo pelo time ou por uma torcida organizada, da influência do comportamento dos próprios atletas dentro de campo no tocante às brigas e ofensas, ou do álcool e das drogas? São questionamentos que fazemos e que nos deixam pasmos com o número de casos de brigas, apreensões de drogas, prisões por desacatos à autoridade. Mas mesmo àqueles que deveriam proteger a população acabam sendo reféns de marginais que se infiltram no meio de torcedores comuns.
Citamos como exemplo clássico a Inglaterra, não por ser só um país de primeiro mundo, mas por existirem torcedores violentos. Antigamente a violência era constante por lá, por culpa principalmente dos chamados hooligans. Hoje é raro vermos um caso destes e se há, a lei penal é aplicada rigorosamente. Será que isto um dia acontecerá em nosso país?
Um fato me chama muito a atenção. No Brasil, temos alambrados, cercas de proteção entre outras coisas, para separar as torcidas e a violência mesmo assim é grande, enquanto na Inglaterra não há alambrados nem cercas e as pessoas assistem pacificamente aos jogos apenas torcendo pelo seu time do coração.
Será que isto não é realmente uma questão de cultura e comportamento? No Brasil, não se é cumprido à risca o Estatuto do Torcedor, o que diríamos se serão cumpridas as leis penais para os casos de violência, ou até se instalarmos câmeras e juizados de pequenas causas dentro dos estádios?
A violência nos estádios se torna mais evidente, especialmente quando temos clássicos regionais em vários estados brasileiros. Algumas "torcidas" armam até encontros para literalmente "se pegarem" dentro ou fora dos estádios, seja no metrô, no ônibus, nas ruas, etc., gerando insegurança total àqueles que só estão indo para torcerem e se divertirem.
A mudança tem que ocorrer na estrutura. Temos estádios arcaicos e sem condições, pessoas que não obedecem o que é de direito, como por exemplo tomam o assento do outro, sendo que ele é numerado, aumentar a quantia de policiais devidamente preparados e treinados dentro e nas redondezas para que protejam um pouco mais o cidadão, entre outros aspectos que eu poderia citar.
Para mim é uma questão de educação, de cultura e de mentalidade. Não há como termos mudanças se elas não ocorrerem em nós mesmos, de tratarmos àquele que torce por outro time, não como inimigo, mas estarmos unidos à ele para apenas nos divertirmos e torcermos.
Pode-se mudar sim, se houver rigor nas punições e se fiscalizarmos realmente o que nos é de direito, cumprindo nossos deveres não só como torcedores, mais acima de tudo como cidadãos que têm o direito de ir e vir.
Não queremos mais ver sangue espalhado pelas ruas em decorrência de vândalos que querem acabar com a nossa maior diversão que é o futebol. Portem-se como verdadeiros torcedores.
Já fui algumas vezes no estádio e dá pra perceber a insegurança que há no meio da população. Moradores ao redor dos estádios preocupados que as suas casas não sejam destruídas porque apenas houve uma derrota do time local.
Podemos citar vários casos como a briga campal entre torcedores de São Paulo e Palmeiras no Pacaembu com morte, o quebra-quebra no estádio Couto Pereira pelo fato do time do Coritiba ter sido rebaixado, entre outros tantos.
Há modos de acabar com isso? Sim, que cumpramos nossos direitos como cidadãos, que fiscalizemos todos os aspectos da lei de modo que seja cumprida à risca, que sejamos agentes de paz no meio de uma sociedade cheia de conflitos e problemas. Esperamos que esta violência diminua, que não ocorram mais mortes e que tenhamos a proteção de Deus ao irmos nos divertir.
Esta semana não teremos a sessão opinião, mas cremos que na próxima semana estará de volta.
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